Sobre os tempos atuais

Opinião sobre os tempos atuais 

Vivemos um momento interessantíssimo em nossa história.

Na década de 1980, quando tive meu primeiro contato com os algoritmos, um dos mestres com os quais tive a boa sorte de aprender me recomendou a leitura de A Terceira Onda.

Nesta obra, Alvin Tofler traçou um retrato do momento que se avizinhava, e que agora é realidade.

Lá, sem usar uma única vez as palavras internet e celular (então inexistentes no vocabulário) retratou o momento atual: novos valores, novos desafios éticos, novas profissões, novos, novas...

Tofler chamou de Primeira Onda os milênios antes da revolução industrial; de Segunda, o piscar de olhos de três séculos da modernidade; e de Terceira, o momento que então surgia com as telecomunicações.

Habituamo-nos ao pacote pronto.

As facilidades do "fast-food" já não atendem nossas necessidades.

Adeus à Segunda Onda.

Tornou-se necessário ver o conjunto da obra.

Saber contextualizar é benéfico e exigido para a compreensão do mundo em que vivemos.

A Matemática, dentre outras, ensinada nas escolas já não serve.

A questão vai muito além das nossas fronteiras, gerando preocupação nas melhores comunidades de professores do planeta.

Pensar?  Tornou-se preciso!

A nova realidade exige o esforço de raciocinar.

O modelo industrial, da resposta pronta, já não tem espaço.

Há um infinito de informações ao alcance de qualquer pessoa do planeta.

Até a virada do século, só dominava o xadrez os orgulhosos membros dos Clubes; hoje, adolescentes interioranos fazem transpirar quem já leu inúmeras gramáticas deste jogo milenar.

Dos confins surgem campeões de olimpíadas de Matemática.

Maravilhosa aldeia global, e sem fronteiras, onde qualquer um pode conferir as várias faces de uma mesma informação.

Penso que, no emaranhado de novidades, podemos nos perder sem uma bússola confiável.

Uma coisa é certa: entender a linguagem, e destrinchar a lógica que a sustenta, vale a pena!

Convido você a, mais do que estudar, conhecer o método que eleva Ao Cubo o seu entendimento!


"As crianças da Primeira Onda, desde o primeiro pestanejar da consciência viam seus pais no trabalho. As crianças da Segunda Onda, ao contrário - pelo menos em gerações recentes - eram segregadas nas escolas e divorciadas da vida de trabalho real. A maioria tem apenas a mais vaga idéia do que seus pais fazem ou como vivem enquanto estão trabalhando. ...

...[A alienação do jovem atualmente flui em grande medida de ser forçado a aceitar um papel não-produtivo na sociedade durante uma adolescência interminavelmente prolongada. A cabana eletrônica neutralizaria esta situação."


Fonte: A Terceira Onda, página 223 - Alvin Toffler - Record 15ª edição - 1980